O Instituto Vida Real teve sua origem quando, em 2004, a equipe de um documentário formada por cineastas e jornalistas, chegou à comunidade Nova Holanda – uma das dezesseis favelas que compõem o Complexo da Maré, na Cidade do Rio de Janeiro – para filmar sobre tema da educação de jovens em situação de risco e em conflito com a lei. Essa equipe encontrou ali o líder comunitário Sebastião Antônio de Araújo, que trabalhava como inspetor em um colégio estadual e os encantou pelo seu desejo de “construir algo para retirar aqueles meninos e meninas da vida do crime”. A força de sua luta e o desejo de mudar a vida desses jovens contagiou a todos os envolvidos nas filmagens, que, a partir desse momento, resolveram apoiá-lo na criação de um projeto voltado para adolescentes dessas comunidades.  

Criou-se, então, o Projeto Vida Real, que começou a desenvolver atividades de reforço escolar, informática, palestras e o encaminhamento de adolescentes para cursos. Em 2005, a ONG Instituto da Criança passou a apoiar o projeto, possibilitando que o Vida Real organizasse sua estrutura operacional e ampliasse seu funcionamento e sua equipe de trabalho. A partir de 2006, em função da ampliação progressiva de suas ações, o projeto é formalizado e passa a ser a organização não governamental sem fins lucrativos, Instituto Vida Real.